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Mostrando postagens de 2012

O Julgamento de Frinéia

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Friné em frente ao Areópago , 1861,Jean-Léon Gérôme. Fonte: CAVALCANTI, Ricardo C. Prostitutas da Grécia: Frinéia. Revista Brasileira de Sexualidade Humana. São Paulo, v. 1, n. 2, p. 58, 1990.    Prostitutas da Grécia; Frinéia Foi Solon, o grande legislador grego, quem primeiro teve a idéia de instalar casas de meretrício na Grécia. Ele foi altamente louvado por conseguir, simultaneamente, esgotar o desejo sexual dos homens e, ainda por cima, encher os cofres do tesouro. Tudela afirma que, imaginativos, os gregos chegaram a fazer da prostituição um costume civilizado e cínico. O fato é que ela era uma profissão oficialmente reconhecida e, até certo ponto, respeitada. As casas de prostitutas, chamadas Dicterion, eram repartições públicas mantidas pelo governo, dirigidas por severos magistrados,   denominados de Pornoboscion. Nada havia de desonroso na função de diretor destes estabelecimentos, nem nas atribuições dos outros funcionários públicos que ajudavam a manter,

A fábula do planeta Mônada

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A Fábula do planeta Mônada             Esta fábula é o relato de uma catástrofe que aconteceu num planeta distante. Somente agora entendemos e, por isso, é nesse momento que a transmitimos a todos, como foi desejo dos sobreviventes...           Numa galáxia distante, num planeta chamado Mônada, existiam seres bem diferentes de nós, é claro. Eram os Egs. No planeta só existiam duas aglomerações: Somorra e Godoma, onde moravam os Egs. Entre eles havia uma espécie de casta. Os Egões eram a minoria e de várias maneiras dominavam os demais, os Eguins. O que distinguia as castas, uma das outras, era a quantidade de um material abstrato chamado Din, que todos no planeta eram condicionados a juntar, desde pequenos. Uma das formas de dominação era representada por uma espécie de aparelho que todos tinham em suas Oikas - o Hipnos. Os Egões, que controlavam o tal aparelho, queriam que todos os habitantes de Mônada fossem iguais em pensamentos e objetivos, por isso e

A Menina Que Não Queria Sonhar.

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Ilustração: Luiza Uira A menina que não queria sonhar.   Naquele dia levantou-se rápido, dando um pulo da cama. -          Não me conformo! – gritou secamente. -          O que foi minha filha? -          Não quero mais sonhar. Colocou as mãos na cabeça e sacudiu negativamente enquanto sua mãe permanecia estática na porta do quarto. Aos seus olhos sua mãe lembrava um algoz parado na porta do cárcere chamando o prisioneiro para a execução. -          Esta noite foi a última vez que deixo isso acontecer comigo. -          O que minha filha? Do que você está falando? -          Esta foi a última vez que sonhei. Não quero mais, não vou mais. Recuso-me a sonhar novamente. -          Não estou entendendo. -          Ih mãe, me deixa! -          Está atrasada pra escola. -          Novidade... Vestiu o uniforme, prendendo os longos cabelos negros com uma fita elástica, mal calçou as sapatilhas gastas e saiu correndo. -          Não vai toma

Para a arte vale a pena dizer sim.

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Para a arte vale a pena dizer SIM. Este final se semana me exauri. Após participar como árbitro lateral nas lutas de MMA e MuayThai no torneio BH Fight, que durou até 2h da manhã de domingo com ótimas lutas, acordei as 07h para ir dar aulas de Shiatsu até as 18h ininterruptamente. Este calor abafado contribuiu para meu cansaço. Súbito recebo o convite de Luiza Uira, para assistir ao II° Festival Fallahin de Dança e Musica Oriental. Hesitante pela fadiga, resolvo dizer sim. Congratulo-me com a presença de Ed Félix, nos divertimos com elucubrações fotográficas acerca do sangue estampado na arte em cliques e vídeos. Definitivamente uma viagem estranha e animadora. Depois vejo Carlos Clark, Silvia Lasmar, uns amores de pessoa. Enfim chegam as meninas da Cia Hafsa,   Gabriela Rodrigues, Giullian Telles e Uira com meu ingresso para adentrar ao teatro da Biblioteca. Confesso que utilizei as últimas forças para manter os olhos abertos na fila, sendo salvo pela conversa animada com

Realidade superficial da pele

A pele poderia ser entendida como a representação da superfície de nossa realidade corporal. Passamos a viver e manter as relações neste nível superficial nos afastando das experiências mais profundas. É assim, porque é muito mais fácil, assim como coletar a água que cai da chuva e escorre pelo chão. Mas se alguém que deseja beber das águas limpas dos leitos profundos, é necessário cavar bastante na lama. Poucos estão dispostos ou suportam tal sujeira, preferindo manter a aparência limpa e socialmente aceita. 

Nota de repúdio do CFP à matéria "Ilusão de um paraíso" publicada na Veja

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Nota de repúdio do CFP à matéria "Ilusão de um paraíso" publicada na Veja http://www.crpmg.org.br/GeraConteudo.asp?materiaID=2864   O Conselho Federal de Psicologia (CFP), a Justiça Global e a Plataforma Dhesca vêm a público repudiar matéria publicada na última edição da Revista Veja, sob o título “Ilusão de um paraíso” e a bem da verdade pontuar o que segue: 1. Trata-se de matéria com viés racista e com forte distorção dos fatos e por isso mesmo, desinformativa e tendenciosa, demonstrando o total desconhecimento do repórter sobre a atuação de organizações governamentais e não governamentais junto às comunidades indígenas e ainda sua posição claramente favorável ao agronegócio no Mato Grosso do Sul, notadamente em desfavor aos direitos de minorias vulneráveis como os Guarani-Kaiowá. Repudiamos os ataques contra o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), parceiro em diversas ações e entidade que pauta sua atuação em  defesa dos indígenas. 2. Com a publicação de mat

Manifesto da ENECOS em apoio aos Guaranis Kaiowás

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Manifesto da ENECOS em apoio aos Guaranis Kaiowás http://enecos.org/manifesto-da-enecos-em-apoio-aos-guaranis-kaiowas/ “Pedimos, de uma vez por todas, para decretar a Nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Já aguardamos esta decisão da Justiça Federal. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay e enterrem-nos aqui. Visto que decidimos integralmente a não sairmos daqui com vida e nem mortos.” . O drama vivido pelos índios Guaranis Kaiowás no sul do Mato Grosso do Sul, está na ordem do dia. Nesta tribo, localizada à beira do rio Hovy e da qual ainda restam 170 membros (50 homens, 50 mulheres, 70 crianças), a pobreza e a delimitação territorial cada vez mais restrita, causam uma verdadeira pressão social que resultam na incidência de alguns casos de suicídio. O sentimento de desespero e a angústia presentes na

Amor - esta barreira falsa entre as pessoas

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O amor Esta barreira falsa entre as pessoas. Meu corpo sou Eu, mas o Eu vai além da experiência física individual, orgânica.  O que reconheço é menor do que sou, mesmo que isso pareça improvável ou contrário. Para iniciar algo é preciso realmente começar. Reconheço em mim esta dificuldade, a dificuldade do início. A inércia é como um veneno paralisante sobre o sistema nervoso central. Imagine-se a um passo do paraíso e de seus mais preciosos objetivos e o corpo imóvel. Existe nisso uma doce e agradável sensação que é a de dormir, de esquecer, de parar de pensar. A sua atitude inerte passa a ser venenosa também. Acordar é difícil demais, o ar é pesado demais para se mover. No entanto existe um antídoto para a inércia. Não é a força de vontade. Esta é a primeira a ser suprimida na batalha. Não é o desejo, porque este se mantém intacto e isso aumenta o sofrimento, criando a relação entre desejo existente e ausência de movimento em realiza-lo. Penso que o amor é uma s

Entre Quatro Paredes

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Entre Quatro Paredes Direção: Rô Gontijo Elenco: Garcin: Roberto Cunha Inês: Arlene Vieira Estelle: Berta Drumond Criado: Daniel Reis Quando era estudante de psicologia na faculdade Newton de Paiva, participei de uma disciplina que se chamava Mitologia e Tragédia, onde estudávamos obras literárias e mitologia, apresentando o objeto de nossos estudos em forma de peças teatrais, sobre a orientação da Professora Rô Gontijo. Ontem tive o prazer de retornar à faculdade para assistir ao grupo teatral Mitologia e Tragédia, que agora aparece com um novo formato. Não é mais uma disciplina da grade curricular e, pelo que entendi, existe devido aos esforços conjuntos dos próprios participantes. Um esforço em apresentar a psicologia na forma de arte. Admito que até hoje não li na íntegra o texto original. Mas já conversei tanto e tantas vezes sobre seu conteúdo que sinto como se o tivesse lido. “Então, é assim”. O texto começa de forma conclusiva, anunci

Frágil?, Goldberg, Contracapa.

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Fotos:  Paulo Lacerda / Luis Felipe Ratton Ballet Jovem Palácio das Artes estreia sua nova coreografia ‘Frágil?’ Frágil? (2012) ,  Goldberg (2011) ,   Contracapa (2009) Data: 31 de outubro e 1° de novembro Sempre é uma alegria entrar no grande teatro do palácio das artes. Na verdade é sempre uma alegria ver um teatro cheio. Meu coração fica exultante de esperança quando vejo arte sendo valorizada. Eu já havia assistido Goldberg e quando soube que estava neste programa não perdi tempo em me organizar para assistir novamente. As coreografias Frágil e Contracapa seriam vistas agora pela primeira vez. Fiquei ansioso. Antes de evoluir um pouco sobre um tema que ficou latente, de forma antecipada darei minha conclusão: Três coreografias maravilhosas, dignas de quem se dispõem a apreciar. Eu sei que pagamos o ingresso e que aplaudimos, mas isso não torna a relação totalmente justa, porque o que o público ganha ao assisti-los é um presente, uma benesse de ol

Zombie Walk 2012

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Foto: Studio Greis Ferreira Foto: Studio Greis Ferreira Foto: Guto Teixeira Fotografia Foto: Guto Teixeira Fotografia Zombie Walk Movimento que ocorre mundialmente onde as pessoas se transformam em zumbis e ocupam áreas urbanas. Uma forma de expressão artística diferente, irreverente, muito divertida.  Este foi em Belo Horizonte - MG - No dia 2 de novembro de 2012

Solo(s)

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SOLO(S) FICHA TÉCNICA Concepção / atuacão Izabel Stewart e Tana Guimarães Vídeo Xande Pires Música Kristoff Silva Colaboração artística João Saldanha Cenografia Joanna Sanglard Iluminação João Saldanha e Jésus Lataliza Produção Mariana Maioline e Elias Gibran Contadora Silvia Batista Figurinos Izabel Stewart e Tana Guimarães Agradecimentos João Saldanha, Espaço Estufa (Carol e Luis Felipe), Quick Cia de Dança, Paola Rettore, Gabriela Christófaro, Rosa Hercoles, Cia Suspensa e ong Primo solosart.wordpress.com FID 2012 – Fórum Internacional de Dança TERRITÓRIO MINAS LOCAL: FUNARTE MG – BH -----------//----------- Eu gosto de assistir a espetáculos sem pensar demais anteriormente, sem ler as sinopses e sem saber informações sobre do que virá.  Neste caso específico obtive indicações de uma amiga em relação ao excelente trabalho destas bailarinas e isso já foi motivação suficiente para me aventurar como platéia. Antes de dar minhas impressões pessoais e afetivas, antes de dizer o