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Mostrando postagens de agosto, 2013

Realidade no peito

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Há uma realidade no peito além do pulso compreensível à parte da abertura e fechamento após o escoamento do ar. Existe uma realidade do peito inapreensível ao tato invisível aos sentidos inconcebível ao pensar Tenho uma realidade no peito que é real, eu suspeito quando eu sinto, eu, peito, querendo nela tocar Há, existe, tenho, uma realidade no peito. Outra realidade a sonhar. Fabio Teixeira

Ensaio - A cidade invisível – primeiros passos

Ensaio - A cidade invisível – primeiros passos Distraído atravessava uma rua pouco movimentada quando percebi que meu braço havia sido tocado. Estranhei aquele ralado que inesperadamente apareceu em meu cotovelo e olhando de lado a lado procurei descobrir o autor de tal agressão. Ninguém vi ao redor além de um velhinha que caminhava trôpega a alguns metros atrás, indo na direção contrária. Não poderia ser ela, pensei, embora sentisse um impulso de culpa-la pela sua lentidão. Só senti isso porque sei que meu humor não é dos melhores pelas manhãs, quando faz frio e é final de mês. Enquanto aparava com mãos sujas as gotículas sanguinolentas que brotavam dos poros esfolados, suspeitei da minha “distractibilidade”.  Ri um pouco de um provável neologismo espontâneo enquanto arrisquei apertar um pouco os olhos mirando um muro que se encontrava do outro lado da rua, onde sempre passo. Nunca havia notado que no meio da modernidade das casas, prédios e lojas, aquela esquina era dotada d

A cidade é nossa. O conflito de direitos nas ocupações urbanas.

A cidade é nossa. O conflito de direitos nas ocupações urbanas. As praças, ruas, avenidas, ambientes públicos, pertencem à população. É uma atitude cidadã viver de verdade na cidade, torna-la sua casa, usar de seus espaços. O fato das manifestações trouxe essa questão à tona, mas, esse fenômeno acontece desde sempre. Vário grupo já vem fazendo isso, como os Brother Soul com dança na praça sete, a turma do BH Roller com patinação em praças e locais da cidade, o grupo Minas Riders com seus ciclistas noturnos, a praia da estação e seus “banhistas”, grupos de teatro, artistas circenses, dançarinos de hiphop, e inclusive, todas as pessoas comuns que apenas estão usando o direito de ocupar o seu canto da formas que lhes convém. Ha tempos a praça da liberdade vem sido ocupada pela população como real espaço de encontro e laser. A lagoa da Pampulha e a lagoa seca em breve não suportarão tamanha demanda de caminhantes, ciclistas, patinadores, skatistas, pessoas com seus cachorros, crianças, per