Antes do Clarim

Veneno angustiante consome meu estômago lentamente subindo assim de instante solvendo a boca ardentemente. Cordas vocais se embaralham numa fala maculada zumbe nos ouvidos de quem ouve queima no coração de quem fala. Anjo vindo do inferno use meu cérebro agora ponha lodo em minha boca destrua a verdade sem demora. Entregue a ti está meu corpo sou seu escravo soturno em chamas malgrade minha fala em zinabre derrame meu mundo. A cobra dobra na língua que lambe o vento, quente e fugaz delinquente palavras, saindo de ti destroem a esperança de paz. O hálito do demônio muda toda a minha tez que um dia foi alegre hoje esta toda ao revez. Saia de mim, eu te imploro mentira, saia de mim antes do final dos tempos antes que Deus toque o clarim. Fabio Teixeira